Que a Holanda é o país das bicicletas não é novidade para ninguém. É fato que na terra das tulipas existem mais bikes do que habitantes. São mais de 29.000 km de ciclovias e cerca de 91% das casas possuem pelo menos uma bicicleta guardada nos fundos.
O que poucos sabem, contudo, é que a relação dos holandeses com as bicicletas, ou fiets, como eles a chamam, é muito mais do que uma simples necessidade: é de amor. Talvez não tanto pela bike em si (já que muitas delas são velhas e não muito conservadas), mas pelo próprio ato de pedalar.
Pouco depois de nascerem, os holandesinhos já dão suas primeiras voltas de bicicleta, em uma espécie de caixote de madeira anexado na frente da magrela dos pais. Quando já estão grandinhos o suficiente para se manter de pé, passam a ser carregados em cadeirinhas na frente do guidão. Com cerca de 3 anos, eles ganham seu primeiro veículo e saem pedalando por aí com tanta facilidade que até parecem filhos de Lance Armstrong.
Para os holandeses, não existe tempo feio para andar de bike. Seja sobre a neve ou embaixo do sol escaldante, seja indo para o trabalho, de terno e gravata, ou voltando da balada de madrugada, com salto alto e minissaia, pedalar, para eles, é tão natural quanto respirar ou caminhar. Muitos, inclusive, dariam ótimos malabaristas de circo, pois conseguem se manter de pé em meio a carros, bondes e turistas desavisados ao mesmo tempo em que falam ao celular, carregam uma sacola de compras e levam um amigo de carona na garupa.
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