Até Paul Krugman, um
importante economista, visto como moderado, está se posicionando com muita
contundência em relação a crise européia. Utilizando-se de um manifesto global
de economistas, denuncia que as políticas levadas a cabo na Zona do Euro, com
visão ortodoxa, servem apenas para aprofundar a crise, levando incertezas e
sofrimento aos povos dos países que vivem no centro da crise. Grécia, Espanha e Itália, num primeiro
momento, são as bolas da vez, porém isso não afasta a quebradeira de outras
economias da região, diante de uma visão absolutamente equivocada da solução da
crise. Só existe uma fórmula para iniciar-se uma recomposição dessas economias,
sem que a recessão tome conta das mesmas, o investimento público e infra-estrutura
e a expansão do crédito. A aposta na reativação das economias, pela via do
investimento, opõe-se ás idéias predominantes, que poderão levar o mundo a uma
profunda depressão econômica, com terríveis efeitos sociais. A derrota do Syriza,
na Grécia, demonstrou como as correntes da ortodoxia, são capazes de impor o
medo para manter a velha e perversa lógica do arrocho no investimento público,
para salvar o capital financeiro.
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